PILATES PARA FUGIR DO SEDENTARISMO
Todos nós estamos cientes dos malefícios do cigarro para a saúde. A decisão de fumar é frequentemente acompanhada pela consciência dos danos que isso acarreta ao nosso corpo. No entanto, essa mesma percepção parece escapar a muitos de nós quando optamos por passar horas a fio no conforto do sofá, aproveitando cada momento de descanso como se fosse um prêmio.
CURIOSIDADE NOCIVA
Curiosamente, pesquisas revelam que o sedentarismo pode ser tão nocivo quanto o hábito de fumar. Esse alerta ganhou contornos ainda mais sérios durante a pandemia, um período em que muitos de nós nos vimos obrigados a permanecer mais tempo em casa, alterando drasticamente nossas rotinas diárias. Com o trabalho remoto se tornando a nova norma e as academias operando com limitações, muitos adotaram um estilo de vida mais estático, alternando entre a cadeira de trabalho e o sofá, com breves interlúdios na cozinha.
A inatividade prolongada, embora possa parecer inofensiva, está longe de ser benigna. Profissionais de saúde, como a professora I-Min Lee, da Universidade de Harvard, alertam para o aumento do risco de doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer, associados ao sedentarismo. Essa comparação com os riscos do tabagismo não é feita à toa. Estudos, como o conduzido pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos, reforçam essa equivalência, mostrando que a falta de atividade física pode diminuir a expectativa de vida de forma mais acentuada do que o cigarro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 5 milhões de mortes anuais poderiam ser evitadas com um estilo de vida mais ativo. Esses números são um chamado à ação, especialmente considerando que o sedentarismo afeta desproporcionalmente os mais jovens, com 81% deles não atingindo os níveis recomendados de atividade física.
A boa notícia é que a solução para esse problema global de saúde pública pode ser mais simples do que imaginamos. Incorporar atividades físicas moderadas ao nosso dia a dia, como caminhar por 15 a 30 minutos, pode trazer melhorias significativas à nossa saúde. Não é necessário se matricular em uma academia ou se tornar um atleta de fim de semana. Pequenas mudanças, como preferir a bicicleta ao carro ou caminhar alguns quarteirões a mais, podem fazer uma grande diferença.
o poder de rejuvenescer nosso sistema imunológico, como demonstrado em estudos com ciclistas idosos que mantiveram um regime de exercícios ao longo da vida. Essa capacidade de retardar o envelhecimento e fortalecer nossas defesas naturais é apenas mais um motivo para deixarmos o sedentarismo de lado.
Neste contexto, o Pilates emerge como uma excelente alternativa para combater o sedentarismo, melhorar o condicionamento físico e a postura diária. Esta prática, que enfatiza o equilíbrio entre corpo e mente, oferece uma série de exercícios que não apenas fortalecem os músculos, mas também melhoram a flexibilidade e a postura. O Pilates é particularmente benéfico para aqueles que buscam uma atividade física de baixo impacto, mas com resultados significativos na melhoria da força, do equilíbrio e da saúde geral. Além disso, a prática regular de Pilates pode aliviar dores nas costas, melhorar a postura e contribuir para um bem-estar geral, tornando-se uma ferramenta valiosa na luta contra o sedentarismo.
Em resumo, enfrentar o sedentarismo é um desafio que vale a pena. Afinal, como destacado por especialistas, qualquer movimento é melhor do que nenhum. À medida que envelhecemos, a importância de manter-se ativo só aumenta, reforçando a ideia de que a atividade física é um dos pilares para uma vida longa e saudável. Portanto, levante-se e mova-se. Seu corpo agradecerá.
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Referência:
Lee, I-Min, et al. “Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy.” The Lancet, 380(9838), 2012.
Jaber, Wael, et al. “Association of Cardiorespiratory Fitness With Long-term Mortality Among Adults Undergoing Exercise Treadmill Testing.” JAMA, 320(19), 2018.
Organização Mundial da Saúde. “Physical Activity.” [Online] Disponível em: Link da OMS.
